Projecto efectuado através de protocolo entre a Região de Turismo (RT) da Rota da Luz e o TERCUD e que contou com as seguintes inciativas:
Elaboração de estudo de suporte para definição das orientações de politicas de valorização patrimonial e turística dos moinhos de Água da Rota da Luz
Análise da documentação referente aos levantamentos existentes na RT Rota da Luz
Recolha de informação complementar.Enquadramento Histórico e socio-económico sobre a moagem de água na Rota da Luz
Caracterização de Circuitos: (i) Circuito global destinado ao público mais especialista e àquele que quer conhecer em profundidade o património presente; (ii) Vários circuitos transversais destinados a um público que pretende conhecer transversalmente a riqueza do património numa viagem através do território da Rota da Luz; (iii) Vários circuitos especializados destinados a um público que quer conhecer o património presente numa área geográfica particular ou um dado tipo de engenho, aquele que predomina na área geográfica seleccionada
Estudos temáticos e procedimentos complementares foram definidos e implementados
O presente estudo, partiu das premissas dos estudos de público de museus, mas, progressivamente foi encontrando diversas limitações a esses estudos, pelo que iniciou um processo de procura de alternativas mais conformes com objectivo final que se pretendia. Este objectivo era na verdade, estabelecer a metodologia necessária ao desenvolvimento de estudos que avaliassem efectivamente o impacto dos museus na sociedade, e não somente nos visitantes.
Desenvolver estudos de público com base numa ideia de museu desfasada daquilo que hoje se entende como função estruturante das instituições museológicas, reduzia também consideravelmente, o interesse desses mesmos estudos. Neste sentido foi necessário ter em consideração a conceituação de Museologia, tal como tem vindo a ser tratada pelas novas correntes de pensamento (e de práticas), genericamente denominadas de Nova Museologia, Ecomuseologia, Museologia Comunitária, no quadro das quais foram integradas na teoria museológica, entre outras, as ideias de participação, desenvolvimento local, prestação de serviços, conceito alargado de património, de território e de gestão cultural. Neste quadro aprofundou-se o entendimento daquilo que diferencia o público do utilizador.
Assim, este estudo propõe que os museus adoptem práticas de avaliação, (mais amplas que o estudo de públicos) que se encontram desenvolvidas noutras áreas e para as quais existem instrumentos que podem ser utilizados também no campo da museologia . Entre outros instrumentos, parece particularmente indicada a utilização da Estrutura Comum de Avaliação (Common Assessment Framework), pelo que se estimula a necessidade de se aprofundar a relação entre a museologia em Portugal e o Instituto Português da Qualidade.
Chegados a este ponto foi possível estabelecer linhas de orientação para prosseguir o aprofundamento dos processos que permitirão avaliar a qualidade nos Museus.
Construir um enquadramento conceptual e metodológico para uma investigação de terreno sobre a identidade territorial como recurso de desenvolvimento local e regional
Aplicar este enquadramento na avaliação da (re)produção e consumo dos elementos da identidade territorial na Região Oeste
Promover uma consciência pública e profissional relativamente à identidade territorial como um factor chave para um desenvolvimento competitivo
Resumo
O projecto de IDENTERRA é uma tentativa de desenvolver um novo enquadramento conceptual e metodológico para o estudo de identidades territoriais no contexto da economia e da cultura globalizadas.
O complexo e ambíguo conceito da identidade territorial será traduzido numa categoria analítica, equipada com métodos e instrumentos para a identificação, registo e avaliação de suas multifacetadas características. Isto deverá permitir o registo empírico das características físicas e humanas, tradicionais e emergentes, reais e percebidas da identidade e, ao mesmo tempo, dos interesses, conflitos e relações de poder entre os agentes de desenvolvimento locais e globais.
Este enquadramento analítico será aplicado nos estudos de campo e em projectos-piloto na região de “Oeste” de Portugal, onde o tema da identidade e competitividade territorial tem tido um lugar de destaque na agenda da política de desenvolvimento. Será efectuada uma ampla verificação empírica sobre o papel agentes de desenvolvimento na produção e consumo das identidades territoriais desta região.
Plano de Actividades e Cronograma
Apresentação pública, Mosteiro de Alcobaça, 17/11/2004
Pretende-se avaliar os existentes e construir novos enquadramentos conceptuais e metodológicos para estudos top-down (de gabinete) e bottom-up (de campo) do papel dos stakeholders (actores e agentes) do desenvolvimento assente: (i) na inovação social, ou seja, na participação cívica e democrática, e nos respectivos mecanismos que levam a formação de “comunidades criativas”; (ii) na (re)produção e (re)valorização das identidades territoriais assentes na topofilia (“laços afectivos entre as pessoas e os territórios”) e terrafilia (“laços afectivos entre as pessoas e o territórios, que induzem acções em prol do desenvolvimento”).
Sobre estas problemáticas espera-se fornecer evidências empíricas, através de estudos de caso nacionais e internacionais. Também será editado um livro baseado na Conferência Internacional PECSRL 2008.